Quem esteve em Criciúma -SC nos dias 28, 29 e 30 de outubro participando do evento Elevation Summit 2015, vai com certeza voltar para casa com vários pontos a serem considerados em relação ao Marketing Digital e a minha Visão do Marketing Digital pós uma overdose de conteúdo.
Primeiro: O mercado ainda continua engatinhando e ainda há muito espaço para crescer e se posicionar.
Segundo: Ainda há muito o que se aprender com velha guarda do marketing, que os mais jovens insistem em acreditar, que o velho e bom Marketingestá aposentado e só os “Novos Conceitos” funcionam. Porém usam das mesmas estratégias utilizadas a décadas para prospectar, nutrir e transformar leads em clientes compradores. A única diferença é que utilizam de ferramentas diferentes para chegar até seus prospects o que não diferencia muito do tradicional.
Terceiro: Com o avanço das conexões pelas redes sociais, e a rápida disseminação de conteúdos pela internet, mostrou-se que empresas menores podem sim crescer e chegar rapidamente a liderança do mercado utilizando-se de estratégias simples porém eficientes para engajar clientes que estão insatisfeitas com os serviços do concorrente líder de mercado.
Quarto: Mostrou que, a conexão humana presencial ainda é a melhor estratégia quando se trata de fidelizar os clientes ou parceiros de negócios.
Muita coisa ainda deveria ser considerada porém vamos ficar nessas que são as que mais me fizeram refletir em relação ao nosso mercado de Marketing Digital.
O mercado ainda continua engatinhando…
Apesar da maioria dos infoprodutores e afiliados saberem da deficiência do mercado, vimos que ainda há muito o que fazer, tanto por parte dos profissionais de marketing, de agências e de empresas que ainda nem sequer sabem o que está acontecendo, e das empresas que trabalham com infoprodutos e não sabem como chegar na massa de clientes disponíveis. Vemos uma enorme avalanche de conteúdo sendo pregado e repetido em todas as palestras, mas poucas pessoas efetivamente entendendo o que está se passando, ou ficam apenas endeusando empreendedores que obtiveram resultado, esperando o grande mapa do tesouro com um “xis” no centro para poder começar a cavar os tesouros escondidos.
Tanto é verdade que muitos infoprodutores e “gurus” como são chamados os pioneiros desse mercado, que pregavam um estilo único e soberano nas execução das ações de marketing de conteúdo, estão correndo para adaptar o estilo de comunicação, que seus mentores, e gurus começa a aplicar em suas ações.
Depois de tudo isso ainda vem os ávidos seguidores, fãs e clackers de auditório que ajudam a aumentar as estatísticas incham os eventos mas na prática pouco fazem.
Ainda há muito o que se aprender com a velha guarda…
Quando a mais ou menos 2 anos atrás tive contato com o mundo dos infoprodutores e afiliados, conheci a metodologia que até então era utilizada, fiquei encantado com os valores de faturamento que conseguiam em curtos espaços de tempo, e tive a noção que tudo era uma técnica puramente simples e infalível.
Bastava criar um conteúdo empacotá-lo de de forma digital, seja em um e-book, em video aulas ou em um mapa mental e junto com algumas técnicas de PNL, uma página de internet direcionada usando as técnicas americanas de copy-writing seria o suficiênte para vender centenas de cursos a preços sonhados por muitas professores entre outros provedores de conhecimento. Ainda mais quando chegavam em apenas alguns dias ou horas de vendas aos 6 a 7 dígitos de faturamento.
Mas como tudo na vida, sempre ouvimos o que queremos ouvir, ou com uma boa técnica somos direcionados a subentender o que queremos entender, (e nisso eles tem razão), também entendi exatamente isso.
Mas com o passar do tempo e depois de muitas overdoses de conteúdo falando sobre o assunto, cheguei no grande momento de implementar o conhecimento adquirido.
E cheguei a conclusão óbvia (mas com alguma esperança que não fosse), gerar conteúdo, empacotar e vender não é tão simples quanto parece.
Há muito o que se aprende em relação a isso e apesar das fórmulas vendidas atualmente a um grande vácuo entre quem consegue enxergar uma oportunidade realmente e os que apenas acham que podem simplesmente vender qualquer coisa usando apenas metodologia, não funciona para todos.
Há sim que pensar na demanda de mercado, na necessidade real do consumidor, e na estratégia de marketing a ser implementado. O mercado não consegue absorver produtos ruins ou que não seja uma necessidade real (ou pelo menos que seja visto como necessário pelo cliente).
Há ainda que pensar no pós-venda na estrutura de atendimento e no suporte visto que todo produto gera dúvidas no cliente, mesmo deixando todas as resposas a disposição para ele pesquisar. Nisso começa o processo de “Ignorar o obvio pelo produtor”. É deixado de lado planejamentos simples, como isso se dará; será por telefone, por tickets, emails, chats, ou uma combinação deles?
E isso o marketing tradicional dá conta do recado, basta um pequeno toque de algumas ferramentas de tecnologia já disponíveis no mercado.
Um dos grandes trunfos hoje do mercado de infoprodutos é o famoso funil de vendas junto com a automação de processos do email marketing que podem ser feitos com diversos serviços na internet. Dentre as ferramentas de automatização de email, está o Mailchimp, Aweber, E-Goy e dos quais eu acho mais completo e fácil de usar o Active Campaign que oferece recursos de sobra tanto para a automatização quanto para o CRM do processo.
E isso também vem da terceira idade do Marketing Digital e nada há de novo nesse conceito.
As redes sociais proporcionam sucesso instantâneo
Com o crescimento dos adeptos as redes sociais e a mídia instantânea, criou se a necessidade do consumo de conteúdos cada vez mais frescos e a todo momento. Se faz necessário uma quantidade enorme de construção de conteúdo baseado em levar ao mesmo tempo, informação e entretenimento. Basicamente você acaba virando um mini provedor de mídia. E isso pode ser usado em favor de empresas que não tem recursos financeiros que possam financiar campanhas onde a quantidade de exposição e a qualidade da produção faz a diferença. O pequeno pode vencer pela criatividade.
Com bons conteúdos e boas idéias é possível sim brigar de igual pra igual com empresas já de renome no mercado. E um exemplo aconteceu nesse evento, onde com a estratégia certa e um bom argumento criou se um engajamento necessário entre os clientes que enxergaram uma opção baseado na humanização dos processos digitais, e a uma empresa que mostrava robustez, estabilidade e superioridade financeira, foi visivelmente abatida em alguns momentos até ofuscada pela empresa menor que utilizou de diferenciais de inovação e humanização para mostrar seu diferencial no mercado.
A conexão humana presencial ainda é o mais forte nesse processo de venda…
Por mais que a tecnologia avance ou se torne a maior parte dos processos de marketing de conteúdo, o grande trunfo sempre vai ser a interação entre pessoas face-a-face, a máquina jamais poderá simular com tanta precisão a interação humana e suas complexidades. Isso podemos ver num simples mudança de atitude quando há uma mediação de um conflito gerado dentro de uma rede social e é resolvido no âmbito da conversa via telefone por voz.
A frequência e a entonação da voz humana muda totalmente o nível do diálogo aumentando muito a chance de sucesso em um possível acordo. Imagine quando isso acontece num encontro pessoalmente.
E isso sim é um recurso a ser utilizado sempre se que houver necessidade de um parceria ou uma venda por atacado. Já que nesse tipo de negociação há necessidade de uma interação mais pessoal onde muitas variáveis tem ser analisadas inclusive a afinidade que não se consegue detectar em “Avatar”. Isso pode e deve ser aplicado no âmbito de Co-produtor, Co-Afiliado e Afiliados onde a interação humana é fundamental e se possível presencial para se concluir com sucesso.
Conclusão
Por mais que as tecnologias avancem e que surjam ferramentas cada vez mais sofisticadas, o Marketing ainda será feito por pessoas, e os clientes ainda continuarão sendo pessoas, então quanto mais você entender de pessoas, mais você vai conseguir vender e mais o Marketing Digital fará sentido para o mercado.